POEMA SUSGESTIVO.


Tão distante,
no agasalho da veste,
delgado corpo quieto,

pétalas escondidas,
desejos presos no gradil
da carne, me vem aos
ouvidos teus pedidos,
tua ânsia,teus lábios túmidos,
verberando aos meus,
me vem o arrepio da tua nuca,
a pele empolada ao toque,
a lua que nos escondia,
o vergel mudo ,para ouvir
nossos murmúrios,
tão distante, o tempo correu,
esticou a estrada,
tão distante dos meus olhos,
estrela que passeia em minha
memória, tua foto nua,
diante dos meus olhos,
estúpida escultura do desejo,
pés que pisavam em plumas,
delgados pés,
mãos indomáveis que sobre mim
repousavam,
olhos que me fitavam
brilho de esmeraldas,
sobre meu rosto buscavam
a luz da felicidade,
tão longe,
o pensamento tem a velocidade
da luz,
e por horas te vejo ,
teu hálito morno em meus
ouvidos,
o grito éterio de seu delírio,
abrindo as portas do céu,
semeando estrelas no meu
contentamento,
tão longe agora, em mim
passeiam boas recordações,
na tela fria e indiferente,
planto este poema sugestivo,
a poesia é uma boa estrada 
para viagem segura,
assim segue o pensamento,
correndo solto,
nas estradas dos versos,
você tão distante,
você tão perto.

 
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 19/07/2015
Reeditado em 19/07/2015
Código do texto: T5316122
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