BEBA COMIGO

Ainda bebo, e durmo mal,

E permaneço rodeado de faltas,

O verso não conduz quem sou,

O homem não mostra que sou,

E bêbado pareço que delírio...

Não, me afirmo!

Ainda bêbado,

Abstrato é o meu tédio,

E tão forte me tem,

Traduzir um poema, fácil!

Sentar, beber e suportar o poeta?

Mostrais os homens;

Que queime o peito, e a paixão cura uma cidade,

E dorme só.

Na solidão o poeta é único!

Ainda bebo,

E na minha mesa, minha dose,

Quase ninguém toma,

Saberá essa mágica!

Onde só o poeta,

Tens os pés na terra.

Ainda bebo,

Comum é poder dividir à mesa,

Sentais! Sentais todos...

O último a levantar;

Compreendeu todos!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 02/08/2015
Código do texto: T5332314
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.