BEBA COMIGO
Ainda bebo, e durmo mal,
E permaneço rodeado de faltas,
O verso não conduz quem sou,
O homem não mostra que sou,
E bêbado pareço que delírio...
Não, me afirmo!
Ainda bêbado,
Abstrato é o meu tédio,
E tão forte me tem,
Traduzir um poema, fácil!
Sentar, beber e suportar o poeta?
Mostrais os homens;
Que queime o peito, e a paixão cura uma cidade,
E dorme só.
Na solidão o poeta é único!
Ainda bebo,
E na minha mesa, minha dose,
Quase ninguém toma,
Saberá essa mágica!
Onde só o poeta,
Tens os pés na terra.
Ainda bebo,
Comum é poder dividir à mesa,
Sentais! Sentais todos...
O último a levantar;
Compreendeu todos!