Fechado

o corpo na cama

saco num rio manso

procurando no fundo de um colchão macio

perdão para um forte desejo

desabado no chão do esplendor da arte

as circunstâncias do destino separam

espíritos ansiosos pelo pecado

enquanto há vida não existe final

fuga alucinante do horto florestal

canção na boca

o veneno vem da cobra

o perfume vem da flor

a lua vem da escuridão

a sombra vem da luz

e a mentira vem do homem

carlos assis
Enviado por carlos assis em 04/08/2015
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