Fechado
o corpo na cama
saco num rio manso
procurando no fundo de um colchão macio
perdão para um forte desejo
desabado no chão do esplendor da arte
as circunstâncias do destino separam
espíritos ansiosos pelo pecado
enquanto há vida não existe final
fuga alucinante do horto florestal
canção na boca
o veneno vem da cobra
o perfume vem da flor
a lua vem da escuridão
a sombra vem da luz
e a mentira vem do homem