Passagens
Abri em vão
Uma janela na alma
Onde via com calma
Toda a tua decepção
Eu abri sim
Um canteiro no jardim
Um buraco no chão
De um agora florido coração
Abri meu velho porão
E o decorei em teu olhar
Cheio de comoção
E sem deixar de brilhar
Abriram-se então meus pulsos
Deixei o sangue escorrer
Passei a respirar você
E meus sofrimentos de mim foram expulsos.