MINHAS ENTRANHAS

Vivo na constante luta...
Tentando despoluir...
Meus pensamentos...
De lembranças doloridas...

Memórias que foram tatuadas...
Para nunca serem esquecidas...
Tenho esperado pelo tempo...
Mas nem o tempo apagou...

As cicatrizes estão aqui...
Das feridas que sofri...
E que muito sangraram...
Em forma de lágrimas...

A minha companheira...
É a triste solidão silenciosa...
De uma voz que se faz muda...
De um ouvido que nunca escuta...

Pensei que era um lindo jardim...
Com rosas de todas as cores...
Mas não lembrei dos espinhos...
E que o paraíso do Éden, não existe...

As cicatrizes me mostram todo dia...
O desgosto de uma grande desilusão...
Que nem o tempo, que é generoso...
Foi capaz de arrancar a dor...
Das minhas entranhas!...
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 19/06/2007
Reeditado em 20/04/2010
Código do texto: T533729
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