Tarde de Agosto

O Sol está se pondo por entre os prédios,

Promovendo os seus últimos raios multicores,

Os pássaros executam os seus últimos cantos,

Pois já se encaminham para as copas das árvores,

A fim de retornarem aos seus ninhos e moradas,

O vendedor de doce japonês passa agoniado, apitando,

Pretendendo adoçar um pouco a vida dos pedestres,

O jornaleiro já vende o jornal do dia seguinte: o domingo,

Como se fosse um profeta divulgando o futuro próximo,

A tarde é sim melancólica, típica do mês de agosto,

Agostinando, ou desgostando, a tudo e a todos,

E contaminando até mesmo os poetas.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 08/08/2015
Código do texto: T5339467
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