POESIA REBELDE

A poesia perdida em meu olhar, 
Cansada de brincar,

De fazer estrepolia,
Agora paira,
Em minh' alma vazia.

A poesia congelada em meu peito,
Engole desgosto, despeito,
Por pura rebeldia,
Diz-se cansada da vida
Das desordens do dia-a-dia.

Essa poesia flutuante, indolente,
É fraca,  sofrida,  doente,
É poesia de bicho
Cansada de ser gente.

Ah, poesia sem alegria,
Descrente,
Que por mais que eu queira
Arancar da minha mente,

Veste-se de palavras,
Inventa sentimentos
E mente...
Mente o tempo inteiro
Fingindo-se de valente. 


 
 
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 15/08/2015
Reeditado em 21/03/2021
Código do texto: T5347714
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.