“Kenny”

Vivo num filme, filme de Chuck Norris.

Mas sou perene,

Kenny...

Que sempre morre.

Sangue e argila,

Pavimentavam as intranquilas... Ruas de Morro Agudo.

Mico em meios aos gorilas,

Homem-bomba adentrando na vila... Turcos versus Curdos.

Situação de vulnerabilidade,

Não foi por habilidade... Que saí ileso de Angola, Sarajevo e Chechênia.

Tive mais que uma segunda chance,

Queda da Bastilha, do Air France... E das Torres Gêmeas.

Sim! Tua asa me cobriu,

Como meus bonecos Playmobil... Vi homens espalhados no chão da sala.

Respirei fundo em Chernobyl...

Não sangrei naquele Abril... Fifth Cent, não eu, foi atingido por nove balas.

Me safei da febre-amarela, azul, vermelho, ebola,

Do tsunami, da gripe espanhola... De Auschwits.

Da KKK, A-K, da era paleolítica,

Contrariei as estatísticas... Passei dos vinte.