INÉRCIA
Esqueceu os doces sonhos,
Perambulou nas esquinas do abandono.
Não deixou que abraços lhe envolvessem
Tinha a conquistar o reino do seu espaço,
Mas o medo de uma derrota,
Fez com que jamais vencesse.
A cabeça fervilhava de idéias,
Mas não quis se aventurar
Deixou de descobrir que era deveras inteligente
Quis que o mundo perdesse o artista,
E que as luzes da ribalta,
Nunca se lhe acendessem.
Silenciou os aplausos que lhe aclamariam,
Matou o artista que nascia no homem.
Matou de saudades,
O homem que perdeu o artista.
Porém, morreu na glória,
Pois você foi um dos raros homens a possuir um artista,
E foi você o único artista,
A se perder em um homem.