INÉRCIA

Esqueceu os doces sonhos,

Perambulou nas esquinas do abandono.

Não deixou que abraços lhe envolvessem

Tinha a conquistar o reino do seu espaço,

Mas o medo de uma derrota,

Fez com que jamais vencesse.

A cabeça fervilhava de idéias,

Mas não quis se aventurar

Deixou de descobrir que era deveras inteligente

Quis que o mundo perdesse o artista,

E que as luzes da ribalta,

Nunca se lhe acendessem.

Silenciou os aplausos que lhe aclamariam,

Matou o artista que nascia no homem.

Matou de saudades,

O homem que perdeu o artista.

Porém, morreu na glória,

Pois você foi um dos raros homens a possuir um artista,

E foi você o único artista,

A se perder em um homem.

GLÉCIA FERREIRA
Enviado por GLÉCIA FERREIRA em 21/06/2007
Reeditado em 25/06/2007
Código do texto: T535494
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.