Vultos de um poema

A vida não dá colo para ninguém.

Ela te joga para o alto, te vira do avesso, de tira pra dançar, te põe de ponta cabeça, mas nunca te acalenta, nunca aconchega, nunca afaga.

Não, a vida não é boa em ser carinhosa, assim como eu, ela não sabe abraçar, talvez nem goste do contato.

Mas quem pode reclamar?

Somos em dados momentos piores que isso...

Em nossa zona de conforto tudo julgamos, tudo somos, tudo queremos, tudo faremos...

-Ah eu iria ao fim do mundo por isso!

Mentira deslavada, ninguém irá se importar com tamanha deslealdade.

Em fragmentos de poesias, em livros recomendados, em músicas ouvidas, agora todos enraizados...

Sorrindo das frases outrora lida, agora com sentido diferente..

Divertindo com sua própria ingenuidade,

Lendo isto, aquilo, com novos olhos, novos anseios, novos sonhos, já que tudo antes era pesadelo...

Desleal essa forma de viver, impor a outrem os desejos de ser.

Diferente ou curioso digas-se de passagem, a mesclagem de todos os personagens de algo que se almeja, mas que sabes nunca terá, foi errado, inverdade, maldade?

Foi apenas uma sinopse, uma resenha de alguém que não existe, que serviu, serve e servirá como um exemplo, uma inspiração ou desilusão.

Sabemos bem quantas mentiras falamos, quanto amor inspiramos, quantos sonhos matamos, quantos versos não rimamos, sabemos sim e não nos importamos.

Afinal caro leitor,

Somos apenas vultos de um poema,

Somos marionetes de um conto,

Somos protagonistas de um fake,

Somos consoladores de sonhos,

Somos ou nem somos.

Cabe apenas a ti julgar isso...

By Lilyth Luthor

Lilyth Luthor
Enviado por Lilyth Luthor em 24/08/2015
Reeditado em 24/08/2015
Código do texto: T5357319
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