SILÊNCIO UNIVERSAL

Pare!

Feche os olhos.

Sinta!

Abra teus ouvidos.

Percebes?

Além de todo o barulho atual

Há um silêncio tangente

Crepitando nas raízes e pilares

Deste universo corriqueiro.

Há um silêncio, uma mudez

Na nudez das estrelas

Na flor que se abre no cio

No canto natimorto do pássaro triste

Nesta alma além de qualquer som e cor

Fremente ante este silêncio

Que estranhamente não é de morte.