Spalla

Que sejamos como um vírus oculto eternamente alocados na raiz de vossos corações, imperceptíveis, indetecvaveis, irremovíveis mas presentes e determinantes.

Pouco a pouco seremos espalhados pelo seu sistema e talvez antes que se dê conta, alteraremos a programação de sua vida. Mas não somos os criadores do vírus, somos apenas uma ferramenta a ser utilizada nas mãos dAquele que uniu componente a componente para que dessa forma pudesse ser moldada a funcionabilidade de seu experimento.

Que sejamos como a doença sem cura, a qual uma vez que atinge jamais se desprende nem se quer pela mão de terceiros e que essa doença seja saudável a tal ponto que almejem infectar-se e perder a imunidade a isso, que seja como a praga contagiosa e contamine novos corações diariamente... Que sejamos como a epidemia a alastrar-se pelo mundo, pouco a pouco espalhando sua essência, arrastando seus vestígios e rumores, implantando seus efeitos imediatos, conciso ou colaterais.

Que sejamos como a onda indomável que não se para nem se controla, que age de acordo com o seu próprio querer fugindo ao domínio humano, determinada, que nasce em um ponto da historia e não parar em lugar algum antes de seu destino, que traça seu objetivo e não morre antes de alcança-lo.

Que sejamos como a praga do primogênito que faz justiça ao que é lei, que procede segundo a verdade dilacerando o mal em sua raiz independente de seu preço, que busca a verdade não se importando com a dor, que corrige o mal com espinhos, que molda no desespero.

E que todos os nossos ouvintes sejam como Jó, que aprendam a valorizar o que tem enquanto ainda tem para que não se desesperem mediante a perca e na recompensa de seus valores tenham sua fé em dobro fortalecida pois assim como as rochas, esses serão inabaláveis, desprendidos de bens terrenos, lúcidos de que as riquezas não serão alcançadas nessa vida e se um dia esse entendimento partir da influência da semente por nos plantada, nesse dia encontraremos a areia e então nos encontraremos no céu.