No ramo dos Impérios
O meu Império
Não construí com dinheiro
Não é feito de minérios
Mas nele tudo está contido
Ele abarca o Universo
No Império em que reino soberano
Existe apenas o silêncio
Onde encontro os sentimentos
Que eu planto
Os fonemas são meu encanto
Estou cultivando sonhos
Sonhos que passo aos outros
Imperadores de si mesmos
E eles me passam os seus
Nossos súditos não se curvam
Voam soltos pelo mundo
São poemas vagabundos
Que se contam sozinhos
Por aí
Aos quais eu não condenei
A um ponto final sequer
Algumas vírgulas, talvez
No máximo reticências
Eu sou um Imperador poeta
Do tipo que não manda nada
Mas se refestela e é nababo
Em banquetes de palavras