No ramo dos Impérios

O meu Império

Não construí com dinheiro

Não é feito de minérios

Mas nele tudo está contido

Ele abarca o Universo

No Império em que reino soberano

Existe apenas o silêncio

Onde encontro os sentimentos

Que eu planto

Os fonemas são meu encanto

Estou cultivando sonhos

Sonhos que passo aos outros

Imperadores de si mesmos

E eles me passam os seus

Nossos súditos não se curvam

Voam soltos pelo mundo

São poemas vagabundos

Que se contam sozinhos

Por aí

Aos quais eu não condenei

A um ponto final sequer

Algumas vírgulas, talvez

No máximo reticências

Eu sou um Imperador poeta

Do tipo que não manda nada

Mas se refestela e é nababo

Em banquetes de palavras

Ricardo Selva
Enviado por Ricardo Selva em 31/08/2015
Código do texto: T5365970
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