Z DE ZORRO
Z DE ZORRO
Miguel Carqueija
Eu sou um herói mascarado
que sempre surge do nada;
com meu cavalo Tornado
enfrento qualquer parada!
Sou um grande espadachim,
ninguém me vence, já vê:
à injustiça dou fim
deixando a marca do Z.
E uso uma capa preta
e um traje amedrontador;
não sou um herói de peta,
aos maus eu causo pavor.
A tirania eu combato
em Los Angeles e onde for:
infelizmente, de fato,
não tenho tempo pro amor.
Bernardo é meu escudeiro,
o meu mordomo fiel;
um amigo verdadeiro
sem nem um pingo de fel.
Meu pai é um grande amigo
mas não sabe quem eu sou;
não quero pô-lo em perigo
e pra luta só eu vou.
E o tal Sargento Garcia
até gosto dele um pouco!
Parece uma melancia,
com qualquer coisa de louco!
O Cabo Reis nem se fala;
é mais burro que o sargento.
A eles ninguém iguala,
esses dois eu não aguento!
Minha espada é meu recurso
pra desbaratar o mal;
se tem uma trama em curso
eu ponho nela um final!
Sou corajoso, não nego,
e a Califórnia me estima;
mas eu controlo o meu ego,
só o dever me anima!
Com as mulheres sou gentil,
galante e namorador!
Me cobiçam mais de mil
e a ninguém dou meu amor!
Como enfim conciliar
a missão com a vida a dois?
Assim o jeito é esperar,
o amor fica pra depois!
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2015.
nota: Zorro é uma criação do escritor norte-americano Johnston Mc Culley, lançado em 1919 e inúmeras vezes adaptado para o cinema e tv; a mais célebre adaptação é a série de Walt Disney produzida entre 1957 e 1959, estrelada por Guy William (imagem google)
Zorro age na Califórnia, ao tempo em que esta região era colônia espanhola, sempre defendendo os fracos contra injustiças e tiranias.
Z DE ZORRO
Miguel Carqueija
Eu sou um herói mascarado
que sempre surge do nada;
com meu cavalo Tornado
enfrento qualquer parada!
Sou um grande espadachim,
ninguém me vence, já vê:
à injustiça dou fim
deixando a marca do Z.
E uso uma capa preta
e um traje amedrontador;
não sou um herói de peta,
aos maus eu causo pavor.
A tirania eu combato
em Los Angeles e onde for:
infelizmente, de fato,
não tenho tempo pro amor.
Bernardo é meu escudeiro,
o meu mordomo fiel;
um amigo verdadeiro
sem nem um pingo de fel.
Meu pai é um grande amigo
mas não sabe quem eu sou;
não quero pô-lo em perigo
e pra luta só eu vou.
E o tal Sargento Garcia
até gosto dele um pouco!
Parece uma melancia,
com qualquer coisa de louco!
O Cabo Reis nem se fala;
é mais burro que o sargento.
A eles ninguém iguala,
esses dois eu não aguento!
Minha espada é meu recurso
pra desbaratar o mal;
se tem uma trama em curso
eu ponho nela um final!
Sou corajoso, não nego,
e a Califórnia me estima;
mas eu controlo o meu ego,
só o dever me anima!
Com as mulheres sou gentil,
galante e namorador!
Me cobiçam mais de mil
e a ninguém dou meu amor!
Como enfim conciliar
a missão com a vida a dois?
Assim o jeito é esperar,
o amor fica pra depois!
Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2015.
nota: Zorro é uma criação do escritor norte-americano Johnston Mc Culley, lançado em 1919 e inúmeras vezes adaptado para o cinema e tv; a mais célebre adaptação é a série de Walt Disney produzida entre 1957 e 1959, estrelada por Guy William (imagem google)
Zorro age na Califórnia, ao tempo em que esta região era colônia espanhola, sempre defendendo os fracos contra injustiças e tiranias.