A Navegar

O grande veleiro,

navegante eterno

das brumas azuis

sensuais mistérios,

vem do amar o mar.

Se embrenha profundo,

ousadia intensa,

um lugar do mundo

busca um cais achar.

Viagem antiga...

no dourado imenso,

da onda a cantiga...

num zoado intenso!

E o grande veleiro

se lança ligeiro

no ardor... perverso

verso do universo

velha poesia...

na noite assombrosa...

no clarão do dia.

E o veleiro voa,

no ritmo leve,

num instante breve...

vai e vem teimoso,

traça nova rota,

no rumo cansado

por ondas sem fim,

desliza indolente...

sereno, insistente

no mar de cetim!

Veleiro destino

alcança...seu porto,

sua rota... conforto

na dança do vento...

paixão rubra e forte,

na luta com a morte....

alcança um alento,

no amor se abriga,

na rocha se encontra,

fé que agrada a vida.

A vida é valente

presente doado

veleiro ancorado,

não produz destino...

volta ao mar bravio...

luz, vela e pavio

teima em clarear

na sombra do abismo

no farol distante,

vai o barco avante,

um norte a buscar!!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 02/09/2015
Reeditado em 12/07/2016
Código do texto: T5367537
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