Paisagens hipnóticas
Os primeiros relâmpagos chegam
Acompanhados de forte ventania
Que empurra a tempestade vinda do mar.
Ouço o açoite das copas das árvores,
Em confusos e violentos sons distantes.
Do quarto observo a chuva que bate na janela.
Ouso ouvir a batida do seu coração pulsando baixo,
Confundindo-se com o barulho da chuva e da água
Que desliza forte pela calha e pela beira do telhado.
Fico junto à janela contemplando o espetáculo.
A farta chuva dá a impressão de que o mundo parou.
São pingos grossos que formam uma grossa cortina
Como lágrimas do céu ou coração que não conhece a paz.