Paisagens hipnóticas

Os primeiros relâmpagos chegam

Acompanhados de forte ventania

Que empurra a tempestade vinda do mar.

Ouço o açoite das copas das árvores,

Em confusos e violentos sons distantes.

Do quarto observo a chuva que bate na janela.

Ouso ouvir a batida do seu coração pulsando baixo,

Confundindo-se com o barulho da chuva e da água

Que desliza forte pela calha e pela beira do telhado.

Fico junto à janela contemplando o espetáculo.

A farta chuva dá a impressão de que o mundo parou.

São pingos grossos que formam uma grossa cortina

Como lágrimas do céu ou coração que não conhece a paz.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 03/09/2015
Reeditado em 09/09/2015
Código do texto: T5369442
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