Diante do perigo

Eu sou um bunda mole clássico

Que sempre fugiu de briga

Mas sinto que já fui testado

E me transformo diante do perigo

Não tenho medo de nada

Me sinto forte, alerta, vivo

Pode até ser coragem

Ou só efeito da adrenalina

Mas já separei briga de faca sozinho

Parei o trânsito da marginal

Pro cachorro não ser atropelado

Salvei a mim mesmo do mar

Num dia de ressaca brava

Sem deixar meus amigos pra trás

Não abandonei quem precisava

Fiquei no meio de tiroteios

Mas nada disso me abateu

Só depois, fiquei tremendo

O fato é que eu não procuro

Nunca saio pra cutucar o perigo

Mas se ele me encontra

Fico ligeiro e sobrevivo

Ricardo Selva
Enviado por Ricardo Selva em 03/09/2015
Reeditado em 04/09/2015
Código do texto: T5369612
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