IPÊ REI EM SETEMBRO

Sol estalando em setembro

A cigarra cantou estrangulada

Para as folhas de o outono caírem

Desfolhando o tronco patriarcal das árvores

Cobrindo feito um lençol póstumo

O solo maternal da estação.

Cessa o canto dos insetos

A vida diminui o ritmo

Para dormir em homeostase.

Todavia, em dissonância

Ao cinza e marrom poeirento

O ipê rei majestoso

Veste-se de ouro.