Ai! Que morro...

Ai! Morro nessa imensidão de pedras e asfalto

Onde o pouco verde se afoga desesperado,

Mergulho em sonhos a cabeça equilibrada no salto

Ungindo o corpo que caminha desalentado.

Tão sem eco meu pranto escapa ansioso

Se perde no seco desse imenso concreto,

É como se fosse o sereno que ilumina choroso

Meu presente da natureza, pingando do teto.

Ai! Que morro dessa saudade constante

Que me deixa sobre o chão sem raízes,

Longe da voz dos ventos e faíscas acesas

Com o coração apertado em cada instante,

Que rogo do meu amor os matizes;

Ai! Que morro longe de tantas belezas...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 25/09/2005
Código do texto: T53809
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