Ai! Que morro...
Ai! Morro nessa imensidão de pedras e asfalto
Onde o pouco verde se afoga desesperado,
Mergulho em sonhos a cabeça equilibrada no salto
Ungindo o corpo que caminha desalentado.
Tão sem eco meu pranto escapa ansioso
Se perde no seco desse imenso concreto,
É como se fosse o sereno que ilumina choroso
Meu presente da natureza, pingando do teto.
Ai! Que morro dessa saudade constante
Que me deixa sobre o chão sem raízes,
Longe da voz dos ventos e faíscas acesas
Com o coração apertado em cada instante,
Que rogo do meu amor os matizes;
Ai! Que morro longe de tantas belezas...