ERAM NEGRAS AS ROSAS
Marlene Constantino

Houve noites, em que vozes ouvi...
Clamavam as chagas,
qual lábios de rosas magoadas.
Houve noites,
em que o desespero era tanto,
qual choro de mar agonizando.
Podia gritar...
gritar até romper um soluço.
Sacolejar o silêncio
até que todas as vozes pudessem escapulir,
mas não o fiz.
Por que às vezes o mar agita tanto?
Por que as ondas não voam como o vento?
Por que as rosas exalam cheiro de morte?
E, os lábios continuam silentes...
As palavras rolam dos olhos ocos e secos
como se quisessem pousar em pedras e florir.
Ah se tu pudesses, beijar minh' alma agora!
27/01/2010
Marlene Constantino
Enviado por Marlene Constantino em 18/09/2015
Reeditado em 05/11/2016
Código do texto: T5386083
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