O que me diz meu reflexo...

Olhos fixos no espelho,

E o silêncio me abraça...

Um gélido abraço de solidão!

No peso que o tempo me imputa

A liderança da felicidade

É fictícia vontade...

Tolo é pensar na saudade

Como companheira agradável...

Pálpebras cobrem a retina,

Mas o que a faz não ver,

São as lágrimas que vertem tranquilas

Do meu fixo olhar...

Nublando meu sonho

Estagnado em eras outras

Em remotos planos ancestrais...

E o momento esperado do agora

Ficou no passado, perdido, oprimido...

As horas aprisionam na frente

O que se pode enxergar no espelho...

E a ante sala da desilusão se faz presente

No salão da minha mente

Concebe viver, pensando no passado,

Com pesar ou saudade

Ou ansiando pelo futuro... Com receio da realidade.

E esse silêncio calou meus sussurros de dor

Com seus sons noturnos

Que invadiram-me os sentidos

Anestesia meu mudo balbuciar por socorro

E um pálido sorriso nasceu morto

Destes lábios que te queriam beijar...

Observadora
Enviado por Observadora em 19/09/2015
Reeditado em 16/01/2016
Código do texto: T5387994
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