NA PARTE MAIS ÍNTIMA DO SER

Na parte mais terna, no íntimo do ser

Como haveria de eu saber sem antes saber de ti...

Quando o verso insinuou-se para haver

Levou-me junto, confidenciando seus ais,

desejos despidos

Fazendo renascer, florir o peito dantes insípido.

Reavivou a face, aos murmúrios amarelados

deu-lhes de volta a vida!

Os ventos moviam-se em balanço da alma

como sendo apenas brisa,

tudo acordava, o coração assim permitia,

Tanto o queria!

Necessitava tocar-lhe, sorver da intimidade,

aprazer-se.

Curvou se até os seus lábios,

ensandecendo-a de tamanho fascínio.

Deitou-se aninhado ao copo miúdo e esguio...

Desejou nunca mais acordar

Rendendo-se aos apelos em ondas indo e vindo,

extasiados rendidos em frenesi,

a quem caberia a leitura doutros dias?

*Saberia do seu querer, acordar ou dormir ?

http://deveraspoesia.blogspot.com.br/

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 20/09/2015
Reeditado em 20/03/2021
Código do texto: T5389060
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