Os amigos do Eremita
Olhar pra trás e ser o eremita,
Aquela que vislumbra e não grita,
Ser aquele que supera,
Sabe quem erra e erra,
Mas espera, supera, gera
A vida é feito gata-fera,
Mas tenho saudade dos amigos da pantera
A mulher negra que eu me vesti,
Na noite como travesti
Num dia claro, numa noite de luz,
Novos amigos surgem e urgem
Um novo eu se reproduz
Me produz, induz.
Porque eu sei que saudade passa,
A verdade não é a da massa,
Amigos é a minha massa,
Do bolo que sou,
Do fermento que me inchou,
Desse amor-irmão,
Amor de gente que comunga a união,
Não deviam existir amigos distantes por quilômetros de chão