PONTO CEGO

Olhos perdidos vagando

Em meio a céu aberto

Na esperança de encontrar

Somente um ponto cego

Em que possa se inserir

E nunca mais ser pego

Sobrevivendo enquanto der

Julgando-se esperto

Subnutrido com as migalhas

Esquecidas entre nós

Nem ao menos consegue aumentar

O volume da sua voz

Os ponteiros do relógio

Acelerando para trás

Enquanto a mente percorre

Rotas que não existem mais