BOLA DE CRISTAL

O silêncio se fez azul por todo trajeto, angustioso.

Faz-se necessário andar pra frente, sempre.

A destreza alinhava o regresso, pericial;

Registrando história a cada passada, dada;

Maturidade emocional nas decisões, tomadas.

Caminhões de mudança carregados de desejos;

Peito, coração, pele, aroma e brilho de cristal.

Toda esperança no caminho do sol lhe sorria!

Por toda fé do pensamento positivo, em crer.

Acordar sorrindo, vitória anunciada sua fé;

Estacionar em milhares de oásis, existente...

Desconfiava que nem tudo era assim tão fácil;

Tinha um não, redutor de sonhos, mácula;

A estação de rádio falhou, chiou, fez barulho.

Insistiu, lançou a sorte, mais uma vez;

Incomodou ao ponto de ofuscar seu cristal.

O mesmo agora brilhou em outra direção,

Apontando uma nova saída.

Obrigando uma virada no rumo da sua história

Pondo em prática os ensinamentos budistas...

Apostando na ausência de lutas ou violências sociais

Enquanto a fome do amor era saciada com diamantes

Gelados. E como bola de cristal, se encobria.

Era recolhido aos seus ninhos,

e assim dividia o mesmo aposento,

Onde renovaria suas energias para que a luz do seu

cristal brilhasse novamente.

Escrito por Orlando Oliveira, em 26 de setembro de 2015.