SENHORA DAS SENHORAS

Olhava seu Filho sofrendo,

que aos poucos ia morrendo,

de braços abertos e cabeça erguida.

Aos poucos perdia esta Vida.

Mas outra o aguardaria.

Vida de Esplendor,

onde a Dor e o Amor

se confundia.

Nesse dia morreria,

mas conforme a Profecia

no terceiro dia Ressuscitaria.

Sofrera junto com Ele,

e com a mão no Peito em Agonia,

o olhava tristemente, pois não iria mais Vê-lo.

Finalmente Seu Corpo Desceu,

o Corpo de Cristo finalmente Morria.

Mas no fundo Ela sabia.

Acabara a Dor, porém não era mais Seu.

O Céu escureceu, choveu,

tudo naquele dia se perdeu.

Mas a Senhora das Senhoras o aguardava,

tinha os olhos vermelhos, sofria, mas não chorava

em seus braços o tomou,

como uma Rainha não chorou

sabia que nesse momento

por maior que fosse o sofrimento,

as chicotadas, os pés e as mãos perfuradas.

Sabia que nessa hora,

nesse exato momento,

a Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo

eram unificados para sempre.

Deus se fez presente.

As lágrimas ausentes.

Sua passagem estava concluída,

pois tinha dado à vida,

como Homem o Menino Deus,

Onipresente, Onisciente e Onipotente.

Senhora das Senhoras,

que não choras,

pois chorar é para os fracos,

Tu és a mãe de Deus. Oh! Toda Poderosa.

NELSON TAVARES

Nelson Tavares
Enviado por Nelson Tavares em 28/09/2015
Código do texto: T5397075
Classificação de conteúdo: seguro