O retrato do poeta-Menino

O artista quando ainda jovem,

Não se sabe artista, ainda.

Chora por coisa pouca,

Se fecha em fantasias.

Para outros, pode ser mais um louco,

Ele, desdenhoso, não dá a minima.

Mas anda sempre triste, silencioso,

Olhando os passarinhos,

Os olhos de um menina.

Os sorrisos,

os dedos enrijecidos, lhe apontam,

Aprontam com o fragíl menino.

Ele sai quieto,timido,

O passo, descompassado,

Tateia o seu proprio caminho.

daniel rodrigues
Enviado por daniel rodrigues em 26/09/2005
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