SOLIDÃO

Hoje a solidão bate de leve a incomodar.

Ando como a perambular pelas ruas,

nessa madrugada onde a brisa é suave

e alisa meu rosto como a me acalentar.

Onde se encontra meu amor?

Em que paragens ?

Nada sei.

Caminhos são dispersos,

desencontrados.

O telefone não atende.

Silêncio total

e eu nada sei de ti.

A não ser uma vontade imensa

de aconchegar no teu colo

e esquecer essa dor que toma

e entrou sem eu querer,

mas veio e esta doendo o peito.

São tantas perguntas jogadas ao léu

que nem quero pensar e muito menos

dizer.

Porque me arrasto aos teus pés

se você rejeita o amor e não se permite

ser amada?

Porque dessa insistência,

dessa luta pelo impossível.

Nada mais entendo

e me ponho a caminhar sem

rumo pelas avenidas solitárias

para ver se encontro a minha

outra metade que perdi

hoje nas andanças da vida.

Preciso me recolher e me integrar

novamente e sair dessa angustia

que arrebenta peito nesse silencio profundo

onde apenas a musica entra rasgando peito,

dilacerando alma

e os pensamentos em remoinho

trazendo o passado

uma vida que se foi

e nunca mais voltara

e eu nem sei em que cama dorme hoje

e nem quem te acompanha

nessa distancia infinda.

Nada sei.

Só sei que há muito não me sentia só

e nesse momento a solidão humana doe alma

e eu choro de saudades de ti

minha amada impossível

que carrego em sonhos

sonhados no vazio de mim e de ti

que nem sabe da extensão do amor

que tenho por ti.

E apenas uma pergunta

porque ate o amor é rejeitado?

Morrerei sem entender.

zelisa camargo

20.02.05

01.22

ZEL
Enviado por ZEL em 01/03/2005
Código do texto: T5401