Poema

Um corpo deitado na relva dourada,

alguém que repousa

na inércia de si.

O vento que agita a relva,

agita os arvoredos

e a roupa,

que, embora indubitavelmente plena do seu corpo de pano,

também é a língua do vento,

o verde dos arvoredos

e o tato áspero da relva.

Envolvido pela divisa indistinguível

que delimita a matéria,

tudo funciona individualmente.

Mas, como numa máquina de totalidade,

o mundo floresce,

fruto de uma lhana e mútua consequência

de todos os elementos direcionando tudo o que têm para dentro de si.

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 02/10/2015
Código do texto: T5401970
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