No dia azul

No dia azul

O sol da palavra raiava

Sobre o bêbado na calçada

Ardia intenso o universo

Dentro

De um peito calado

Onde nem sentidos opostos

Se escondiam

Muda ignorância de um sonho

Perspectiva anulada

Palavra perdida

Sangue de cimento

Olho de um ângulo desvairado

O dia raiando

Aquela palavra

Sílaba inundada de esperança

Não era achada nas bancas

Nas bocas

Mas nos sonhos

Incrustada em vidro perfeito

A mágica palavra ardia

Pedindo espaço na realidade

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 09/10/2015
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