Onde e quando tudo se acertou

A morte d’alma, queimada viva

n’uma noite comum,

e aquela brisa calma

abalou a crença dos homens

que ainda assim sorriram.

Naquela noite houve muito a se festejar;

e festejaram até a Lua dar lugar ao astro-Rei.

Ausentes de sua volta,

não se revoltaram,

desordem de ordem alguma documentada.

E os dias foram, a partir dali, todos iguais.

A antiga alma deu lugar a cinzas e

um reconfortante sentimento de serenidade.

Agora as coisas são simples.

Não são mais homens,

já podem sorrir sem preocupações;

o atroz sumiu e a repugnância deu lugar à Calma por si só.

melão
Enviado por melão em 26/06/2007
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