Onde e quando tudo se acertou
A morte d’alma, queimada viva
n’uma noite comum,
e aquela brisa calma
abalou a crença dos homens
que ainda assim sorriram.
Naquela noite houve muito a se festejar;
e festejaram até a Lua dar lugar ao astro-Rei.
Ausentes de sua volta,
não se revoltaram,
desordem de ordem alguma documentada.
E os dias foram, a partir dali, todos iguais.
A antiga alma deu lugar a cinzas e
um reconfortante sentimento de serenidade.
Agora as coisas são simples.
Não são mais homens,
já podem sorrir sem preocupações;
o atroz sumiu e a repugnância deu lugar à Calma por si só.