Vaso-livro [Ventripensamento

Admiro quem roseira pelo ventre,

Mas, nas ondas calmas dos ligeiros dias

Da semana, o meu adubo só estufa uma mistura

De letras que floresce uma planta claro-verde

Vazia de rosas-Rosas.

Admiro quem roseira pelo ventre,

Mas, só dou folhas – umas sem espinhos

E com orvalhos, outras nem por isso, mas por cima…

Numa alegria terrena, e por bem,

Neste Vaso-livro.

Folhas que choram e cantam, salgadas e doces,

Abertas e fechadas, conformes e disformes,

Claras e escuras, consonantes e dissonantes, grossas

E finas, foscas e brilhantes…Todas graciosas tartes

De avelã para qualquer estação do ano provar.

Folhas. Não rosas-candeias sobre as escrivanias… Mas,

Folhas. E não importa se, às vezes, secas, sem vida… –

Sempre verdes – vindas de campos cantantes

Com cheiro a minhocas e frescor de brisa.

Admiro quem roseira pelo ventre,................................

.....................................................Mas, eu,...........

................................Só sei dar folhas de tudo e nada

......................................Por meu [Ventripensamento.

22/11/2011. Coimbra.

Sandra Eveline Medeiros
Enviado por Sandra Eveline Medeiros em 11/10/2015
Código do texto: T5411285
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