Vida louca

Ah! Essa alma doente, esse corpo quente que me faz delirar!

Ah! Os desejos guardados, os sonhos pensados, os soluços abafados!

Ah! Essa vontade de não ser, de nada entender, da dor perecer.

Ah! Vida louca!

Tranco-me no inferno do que sinto em mim.

Vivo um sofrer sem fim.

Amarguro a solidão dos que foram traídos!

Sofro a desesperança da deslealdade!

Aquieto-me na leitura dos poetas mal amados.

Encontro-me nas frases dos pessimistas.

Busco ajuda nos livros de feministas.

Recuo.

Dou a volta.

Choro.