No meio de tuas coxas



Por tantas vezes me quedo, quando, subinte,
Ao beijar teus pés, deliciar-me em sugar teus dedos,
Nesta ânsia infinda de descobrir teus segredos,
Repletar-te com meu amor, passo ao passo seguinte.

Cobrindo cada milímetro de teu corpo com beijos,
Voluptuosos, curtidos e cada vez mais profundos,
Ali encontro tua essência, a essência do mundo,
Encoberta por suave penugem, a me atiçar o desejo.

Incontido, lanço-me em cada uma de tuas dobras,
Tomo-te por trás, onde aspiro teu inebriante olor,
Ouvindo-te arquejar, nestes momentos de amor
Inspirando-me ainda mais, enquanto soçobras...

Se soubesses o prazer que sinto, ao ver, no espelho,
Refletida tua imagem nua, coxa arqueada a me conter,
Imerso no poço, delírio de amante, lanço-me a sorver
As gotículas exaladas no instante, na dobra de teu joelho.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 18/10/2015
Reeditado em 18/10/2015
Código do texto: T5418820
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