___________MIL VEZES________
EM CADA PEDAÇO CORVO DE MINHAS CÉLULAS...
Numerosos fragmentos,
multidão de mim,
noturnos corvos no pátrio céu.
Mil vezes
em cada pedaço corvo de
minhas células,
coma.
Sangue em estado morto,
discurso das asas
na boca do mundo.
Mil vezes ao pé de naufragar
no horizonte,
rasgo de me plantar semente
ao caminho fértil do vento.
Depois de me supor vulto
em cada pedaço ninho de nuvens,
outra espécie de verbo primeiro
- grão de célula -,
maior que a minha própria alma
no recôncavo da vida.
(caminhando em meu blog, repostando aqui algumas poesias lá escritas...)