___________ERGUE-SE________
DA VIGÍLIA...
Asa!
Pássaro que nunca se acaba,
eis noturna figura
ao desprezo desse fatal veneno
que é a vida.
Negra,
derradeira asa!
Sombra de mim...
Mau agouro em meu corpo
me profetizando sonhos.
- E depois, tira-me o chão!
Ave sem pés à turba do mundo.
Silenciosa e fria,
desfolha na laje das costelas.
Asa em carne,
pousa sobre as ondas do meu sangue.
Ondeia nas minhas veias impacientes
a perder-me, insônia.
Depois se vai na areia de células...
Ergueu-se, asa!
Concha negra
pela noite ensanguentada
no roseiral de pele.
(caminhando em meu blog, repostando aqui algumas poesias lá escritas...)
(caminhando em meu blog, repostando aqui algumas poesias lá escritas...)