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E vem maior que a paisagem...



Me estende as mãos em foice! 
Ah, vida!
Sorri da pequenez dessa minha existência e
me convida para o seu turno ilusório de horas.
  
_ Eis o tempo, eis as Moiras! Vamos! - ela insiste.

Ah, vida!
Talvez eu vá e, quem sabe, até nadar em sua meta de sangue!

E vem qual um corvo sobre a minha lápide...
 Me extende as mãos na orquestra fúnebre e cósmica da morte!
Ah, vida! Me poupe!

A vida me sorri cobrindo o gramado com a sua valsa e face brilhante!
À sombra, observo as suas mãos impacientes,
aberrações em busca da presa. Seus dedos são todos dentes!
Ah, vida! Me esqueça!

A vida é alma cansada em busca de alimento!
A vida me sorri com a sua boca de Cérberus!
Vede-a.... É a vida graciosa,
de uma beleza que não cessa.
A vida debruçada sobre o meu corpo,
me tortura com os seus chamados e me
sopra o seu hálito putrefato de vermes.
Ah, vida! Sem isso!
Vai-se... hoje a morte não mais me perturba!
(caminhando em meu blog, repostando aqui algumas poesias lá escritas...)​​
oOoll NOTURNA lloOo
Enviado por oOoll NOTURNA lloOo em 19/10/2015
Reeditado em 19/10/2015
Código do texto: T5419960
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