Pode ser
Pode ser que eu esteja louco, até reconheço,
Ou até mesmo sempre o tenha sido, olhar distante,
Perdido, em busca talvez do que, julgo, mereço,
Encontrar de novo em seus braços, por instante,
O enlevo etéreo ansiado, sem o que eu feneço.
Nos poucos momentos de lucidez de que disponho,
Divago de novo por seu corpo, preso em seus braços,
Sinto o sabor de seu néctar e, mesmo sabendo sonho,
Degusto em seus lábios, em seus seios, em seu regaço,
As delícias deste amor ausente que me torna tristonho.
Pode ser que, como eu, esteja também sofrendo,
Ansiando por sentir meu sabor em sua própria boca,
O contato de nossas peles se tocando, a voz gemendo,
Clamando feliz por ver-me e ver-se de novo louca,
Como lobos uivando ao sentir-me inserido, crescendo.
Pode ser, quem sabe, que tenha deixado de viver
Em algum dos momentos que, penso, vivi a seu lado,
Que todo o passado não tenha existido, chego a crer,
Que nem mesmo sequer por um dia tenha me amado,
Que você foi simplesmente um sonho, pode até ser...
Pode ser que eu esteja louco, até reconheço,
Ou até mesmo sempre o tenha sido, olhar distante,
Perdido, em busca talvez do que, julgo, mereço,
Encontrar de novo em seus braços, por instante,
O enlevo etéreo ansiado, sem o que eu feneço.
Nos poucos momentos de lucidez de que disponho,
Divago de novo por seu corpo, preso em seus braços,
Sinto o sabor de seu néctar e, mesmo sabendo sonho,
Degusto em seus lábios, em seus seios, em seu regaço,
As delícias deste amor ausente que me torna tristonho.
Pode ser que, como eu, esteja também sofrendo,
Ansiando por sentir meu sabor em sua própria boca,
O contato de nossas peles se tocando, a voz gemendo,
Clamando feliz por ver-me e ver-se de novo louca,
Como lobos uivando ao sentir-me inserido, crescendo.
Pode ser, quem sabe, que tenha deixado de viver
Em algum dos momentos que, penso, vivi a seu lado,
Que todo o passado não tenha existido, chego a crer,
Que nem mesmo sequer por um dia tenha me amado,
Que você foi simplesmente um sonho, pode até ser...