Seu vulto



Quando vejo os contornos de seu corpo contra a luz,
Que realça e destaca cada uma das partes que amo,
Seus pés, mãos, coxas, nádegas, seios, lhe declamo
Todo o amor que por você sinto, quando me conduz.

Sinto a altivez de seu pescoço, de sua exposta nuca
Sob a maciez de seus cabelos, o olor que eles exalam
Quando os brido, por entre gemidos que não se calam,
Rumo a suas paragens distantes, ao se sentir maluca.

Seus períneos seios, arfantes neste instante de enleio,
Provocantes, se oferecem às carícias de minha boca,
E a vejo delirar nos toques em seu próprio corpo, louca,
A desfrutar delícias, guiado por suas mãos, sem receio.

Miro seu corpo nu, portas abertas para o profano culto
Em que me lanço, refletidas suas nuances no espelho,
Tornados de novo crianças, meros amantes fedelhos,
A descobrirem o amor na fonte que brota em seu vulto.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 26/10/2015
Reeditado em 17/04/2018
Código do texto: T5428155
Classificação de conteúdo: seguro