Poesia Encarcerada

Sentei para um café

Tinha aroma de sonhos

Na xícara, café e palavras

Eu bebo a poesia

A bandeja de metáforas me chega

Ideias em cubos,

Dissolvidas num café de esquina

Esvoaçantes, fogem

Correm, esbravejam, lutam

É um café de esquina

As ideias voltam à xícara

Bebo goles de poesia

A essência que me esquenta o âmago

Correm, esbravejam, lutam

Dentro de mim, não há liberdade

Há ideias em grilhões

Eu sou o cárcere da poesia

que eternamente habita em mim

Nonato Costa
Enviado por Nonato Costa em 28/10/2015
Reeditado em 29/10/2015
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