CADA UM DÁ O QUE TEM

Envelhecer é cruel

Quando imprime o medo,

Sustos e dor ao corpo

O tempo nos dá sabedoria

Enquanto corrói entranhas

Fingindo-se de céu – a espera –

Que somos obrigados a suportar

Alguns se agrupam em bandos

Outros se isolam, como fazem os elefantes,

Vivendo de saudades e dores

Enquanto esperam apenas chances de amar

Outros ainda se disfarçam de jovens

Na busca de novos amores

Escondidos em abraços

Nem sempre verdadeiros

No entanto dentro de cada um

Sobrevive uma criança que jamais morre

Alma não envelhece, aprende,

E cada um na troca, dá apenas o que tem...

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02.11.15

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 02/11/2015
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