Palavras indiferentes
Estou cansada de converter em palavras
O turbilhão que há dentro de mim
É desgasante refletir sobre sensações
Que vem e vão sem fim
Vejo palavras tristes e crueis
Mais sinceras do que gostaria
E o que era apenas um conto assustador
Torna-se o dia a dia
E tudo isso dói cada vez mais
Mas sinto cada vez menos
Meus pensamentos deixaram-me absorta
E arremessam-me contra a parede da realidade
Para, em seguida, arrancar-me dela
Dilacerando cada tênue conexão
Somos todos atores de uma tragédia
E às vezes penso que sou a vilã
Mas talvez eu seja só mais um personagem
E, talvez, minha ausência passaria despercebida
Às vezes quero lutar contra o roteiro
Mas que diferença faz?
Posso escolher o caminho
Mas não o que ele traz