Os Marinheiros e a Tempestade

Mar revolto, ondas imensas, ventos intensos,

Uma escuridão que parece tomar conta do mundo todo,

Uma cordilheira de ondas e um vale assustador abaixo,

Mandei recolher as velas dos dois mastros, a fim de salvá-las,

Amarramo-nos no balaústre do convés, senão seríamos tragados,

Ninguém estava lá embaixo, nos cômodos, banheiros e cozinha,

Ninguém queria morrer escondido, afogado pela água do mar,

Poseidon estava enfurecido, queria nos fulminar, destruir tudo,

Dei as minhas últimas ordens, “à bombordo, deixem o leme travado!,”

Uma imensa coluna de vento quase vira a nossa embarcação de lado,

Os meus marinheiros já se despediam entre si, desesperados,

Uma onda de quarenta metros quase emborcou o nosso navio,

Todo molhado, fiz o sinal da cruz, apesar de não ser religioso,

Vejo uma imensa muralha de água se aproximando, talvez 60 metros,

Segurei com força um dos mastros e confirmei os nós de marinheiro,

“Precisamos resistir,” disse a mim e a todos...

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 04/11/2015
Código do texto: T5437956
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