Escrevendo pretendo ser vital!
Escrevo, porque não sou nada.
E, sendo nada, necessito alimentar minha insignificância.
Escrevo porque sonho.
E, sendo sonhador, necessito adubá-los, confiante de que irão florir brejeiros.
Escrevo, pois sou humano.
E assim sendo, necessito partilhar minhas limitações mais esquecidas.
Escrevo, pois me divirjo.
E desencontrando-me, encontro ao que me é proporcional.
Escrevo, porque sou finito.
E minha finitude evoca Florbela, Espancando minh'alma ao ensinar que " ser poeta é ter fome, é ter sede de infinito! "
Escrevo, pois não sei falar.
E no esgotamento da eloquência nasce o verso, com sua sinceridade.
Escrevo porque amo.
E te amo nas trovas, e te amo nas entrelinhas.
Escrevo, e canto.
E dessa forma, em verso e prosa, em melodia e rima, na calada e na canção, pretendo me nutrir, pretendo ser vital, pretendo semear Vida!
Tiago Gonçalves - NOV/15