Escrevendo pretendo ser vital!

Escrevo, porque não sou nada.

E, sendo nada, necessito alimentar minha insignificância.

Escrevo porque sonho.

E, sendo sonhador, necessito adubá-los, confiante de que irão florir brejeiros.

Escrevo, pois sou humano.

E assim sendo, necessito partilhar minhas limitações mais esquecidas.

Escrevo, pois me divirjo.

E desencontrando-me, encontro ao que me é proporcional.

Escrevo, porque sou finito.

E minha finitude evoca Florbela, Espancando minh'alma ao ensinar que " ser poeta é ter fome, é ter sede de infinito! "

Escrevo, pois não sei falar.

E no esgotamento da eloquência nasce o verso, com sua sinceridade.

Escrevo porque amo.

E te amo nas trovas, e te amo nas entrelinhas.

Escrevo, e canto.

E dessa forma, em verso e prosa, em melodia e rima, na calada e na canção, pretendo me nutrir, pretendo ser vital, pretendo semear Vida!

Tiago Gonçalves - NOV/15

Tiago Goncalves
Enviado por Tiago Goncalves em 09/11/2015
Reeditado em 06/03/2017
Código do texto: T5442574
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