Caminhante
Ando seguindo estrelas antigas,
Respirando o ar fresco da madrugada,
Esperando o sereno lavar toda a alma...
Sigo, de olhar atento e rugas na fronte,
Angustiada com as cores das palavras
E a força das pontuações.
Línguas de fogo lambem minha face,
Não raro o corpo arde, o coração estremece...
Apreendo silêncios
E nas intempéries
negocio palavrões
com um copo d’ água gelada
Ou talvez dois.
Nessas estradas tortuosas
Vou aprendendo a escolher distâncias
E a atravessar desertos.
Ultimamente
o que mais me importa
é encontrar a paz...