Mudo
Se ainda matam no mundo,
É porque eu mato conscientemente todos os dias.
Se não há amor no mundo,
É porque ainda não conquistei a dádiva de Amar.
Quando a indiferença aparece,
Eu a carrego nos braços, escolhendo as causas justas para me importar.
E o sangue derramado é meu,
Todo meu.
Qualquer seja a razão,
É em mim que dói.
As árvores destruídas,
As vidas arruinadas,
Os rios que se foram,
Pertencem a mim.
Eu sou a causa deles
Não vê?
Eu sou o mundo. Ele todo.