Mudo

Se ainda matam no mundo,

É porque eu mato conscientemente todos os dias.

Se não há amor no mundo,

É porque ainda não conquistei a dádiva de Amar.

Quando a indiferença aparece,

Eu a carrego nos braços, escolhendo as causas justas para me importar.

E o sangue derramado é meu,

Todo meu.

Qualquer seja a razão,

É em mim que dói.

As árvores destruídas,

As vidas arruinadas,

Os rios que se foram,

Pertencem a mim.

Eu sou a causa deles

Não vê?

Eu sou o mundo. Ele todo.

LuanaPena
Enviado por LuanaPena em 15/11/2015
Código do texto: T5449807
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