Que Eu Não Sei Mais O Que Será De Mim
Em uma nuvem
Que insiste
Em me seguir
Se vai chover
Ou talvez sorrir
Eu não sei
Mas ela persiste
Tem uma nuvem
Que me perdoa
Porém me odeia
E me enjoa
Ao partir
Essa nuvem
Que esta doente
Pesada e cheia
Parece a gente
Quando pretende
Que não é o fim
Tem uma nuvem
Que me segue
E não me quer
Não mais me aguenta
Quero uma qualquer
Só não me abrace
Por que a nuvem
Com certeza
Me rebate
Ela que traz
A vida na água
Quer a morte
E o velho passe
Hoje ela me preocupa
Essa nuvem
Que aprendi com a sorte
A amar e ignorar
Seus trovões
E poluições
Ela me trata mal
Quer virar a mesa
Abandonar o jantar
Quer ser ingrata
Por birra
Ou charminho
Ser igual aos pergaminhos
Tem uma nuvem
Em minha vida
Que não me deixa
Mais viver
Me proíbe de querer
Me xinga aos céus
Com as crianças
Na manjedoura
Vai chover?
Vai sorrir?
Vai parar de me seguir?
Tem uma nuvem
Que me espera
E eu não quero
Não posso
Não devo
Admitir...