Hoje, a tarde morreu só...
Foi por acaso escondida
nas sombras do ocaso.
Caiu como um véu flutuando
leve,esvaindo-se em borbotões
de purpura escarlate...

Seu vitral colorido, estilhaçou
no horizonte em fragmentos
de arco-íris esparramando  um
emaranhado de cores no tempo.
Na despedida a cigarra estrela
lírica deu seu último recital...


Foi a bela tarde engolida pela
escuridão da noite,sem flores,
velório,lançada em vala comum.
Em seu cortejo só o vento;que
forrou seu túmulo com folhas,
e o tempo que escreveu...

Aqui jaz  a... cor púrpura...