A inefabilidade do horror

Óh! É tempo de trevas!

Alegra-te!

Teu espírito se elevas!

O verme que abandona o cerne

Lentamente rasteja após pôr-se como plebeu,

Agora, seu trabalho não é mais necessário e

Ocultar-se-á em seu lugar de direito no ateneu,

Pondo-se a marchar de volta ao relicário,

Mergulhando na escuridão como um solitário.

Devora-te!

Como um animal alquimista

Aprisionado na síntese

Do significante o insignificado,

No limiar do prazer e da dor,

Contemplando a inefabilidade

Desde doce horror.

Não fujas dàquilo que estás condenado,

O que sabes agora,

Outrora foi parte do passado.

Observes como são leves as cinzas

Que flutuam no ar,

Percebas o comportamento da natureza

Para nada lhe faltar.

E que jamais peças clemência,

Pois àquilo que colher,

Não são mais que frutos da insuficiência.