Semente de Gente

Bradou-se o grito

ecoou no infinito

morreu o mito

sorriu o mico

eu não acredito

no dia do fico

no ano do acrônico

minha fé é o sônico

por eu estar atônito

bebendo meu tônico

nos dias afásicos

dos gritos melódicos

dos poemas módicos

das poesias psiquiátricas

das prosas vaidosas

das trovas às rosas

dos versos transversos

dos meus eus inversos

dos meus paradoxos

tão quão analógicos

mas falta-me lógica

na apologética

na força cinética

na voz astronáutica

na vela da náutica

mas eu me recolho

contando aos piolhos

visíveis aos olhos

todos meus abrolhos

e à data presente

ficou o somente

daquela semente

plantada na mente

de toda minha gente.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 27/11/2015
Código do texto: T5463000
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